Protocolo de Colaboração entre o Centro de Estudos Judiciários e a APAV

Publicado .

No dia 25 de Outubro foi assinado um Protocolo de Colaboração entre o Centro de Estudos Judiciários (CEJ) e a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.

A cerimónia de assinatura teve lugar nas instalações do CEJ, em Lisboa, e contou com a presença do Diretor do CEJ, Juiz Conselheiro Dr. João da Silva Miguel, e do Presidente da APAV, Dr. João Lázaro.

O protocolo visa enquadrar a cooperação institucional entre o CEJ e a APAV no âmbito dos direitos, proteção e apoio às vítimas de crime e da formação.

Pretende-se, com o início desta colaboração, o reconhecimento mútuo da especial qualidade dos recursos, das redes e das respostas das duas instituições para cidadãos vítimas de crimes, regendo-se este acordo pelos princípios da reciprocidade da colaboração e da complementaridade da intervenção.

 

Miscellanea APAV

Publicado .

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima publica a Miscellanea APAV, revista que tem por finalidade divulgar artigos científicos e de reflexão sobre temas relacionados com vítimas de crime ou com apoio à vítima. Esta nova publicação surge do interesse da Associação em articular o conhecimento científico com os seus procedimentos no âmbito do apoio às vítimas de crime e suas famílias e/ou amigos, constante ao logo da sua história. Emergem deste interesse outras realidades da APAV, designadamente a colaboração quotidiana com as Universidades, estabelecimentos de Ensino Superior e/ou centros de investigação.

 

 

  Miscellanea APAV #0
  PDF | E-Book


  Miscellanea APAV #1
  PDF | E-Book

 

  Miscellanea APAV #2
  PDF | E-Book

 

Miscellanea APAV #3/4
   PDF | E-Book

 

Miscellanea APAV #5
  PDF | E-Book

 

  Miscellanea APAV #6
  PDF | E-Book
 

Miscellanea 7

  Miscellanea APAV #7
  PDF | E-Book
 

Miscellanea 8

  Miscellanea APAV #8
   PDF | E-Book

 

  Miscellanea APAV #9
  PDF | E-Book

 

Miscellanea APAV #10
 PDF | E-Book


Miscellanea APAV #11
 PDF | E-Book


Miscellanea APAV #12
PDF | E-Book
 

Miscellanea APAV #13
PDF | E-Book
 

Miscellanea APAV #14
PDF | E-Book

 

Miscellanea APAV #15
PDF | E-Book

 

Miscellanea APAV #16
PDF | E-Book

 

Miscellanea APAV #17
PDF

 

Miscellanea APAV #18
PDF

 

Miscellanea APAV #19
PDF

II Seminário de Igualdade de Género | 25 Novembro | Vila Real

Publicado .

O Município de Vila Real, o Projeto +Social-E6G, a Catarse - Movimento Social, o Projeto Identidade, o programa CLDS_3g e a APAV promovem o II Seminário de Igualdade de Género, que se realiza no dia 25 de novembro. O seminário terá lugar no auditório do IPDJ de Vila Real (Rua Dr. Manuel Cardona 6).

O seminário tem como objetivo a promoção da consciencialização para a Igualdade de Género. Está integrado na Semana para a Igualdade de Género, que decorrerá do dia 20 a 25 de novembro, no decorrer da qual se realizarão várias atividades relacionadas com direitos humanos, igualdade de género e erradicação da violência, no Município de Vila Real

Programa

Inscrições, até 23 de novembro, no link:
https://goo.gl/forms/w3OJctmD8FxIUzGg1

Mais informações:
Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Comunicado sobre o Acórdão do Tribunal da Relação do Porto

Publicado .

A APAV manifesta o seu mais veemente repúdio face ao Acórdão da 1ª Secção Criminal do Tribunal da Relação do Porto (Processo n.º 355/15.2 GAFLG.P1), relativo a um caso de violência doméstica, detenção de arma proibida, sequestro, perturbação da vida privada e injúrias.

Esta decisão judicial reflete um total desfasamento face à realidade atual e face a uma sociedade que é felizmente muito menos tolerante a atos de violência como os que originaram o referido processo judicial do que aquela que os Senhores Juízes Desembargadores responsáveis por esta decisão parecem idealizar.

Na realidade, recorrer à Bíblia ou ao Código Penal de 1886 para fundamentar a ideia de que o adultério é fortemente censurado pela comunidade e que, consequentemente, esta vê com alguma compreensão a violência exercida pelo homem sobre a mulher, é fazer tábua rasa não só da evolução social verificada em Portugal nos últimos 40 anos, mas também da trajetória efetuada pelo direito penal português, no sentido de se despir ao máximo de considerações e conceitos de natureza moral, difíceis de operacionalizar porque amplamente subjetivos.

A fundamentação subjacente a esta decisão judicial, para além de iníqua, é perigosa, na medida em que, ao manifestar compreensão perante atos violentos tão graves, legitima de algum modo comportamentos futuros de idêntica natureza. Constitui por isso esta decisão um fator de risco que não pode ser subestimado. Não se trata da mera opinião de um cidadão, manifestada num círculo de amigos ou nas redes sociais. Trata-se do exercício da função jurisdicional por um órgão de soberania do Estado, o que reveste esta situação de extrema gravidade.

O mesmo Estado que, nos últimos anos tem, e bem, investido fortemente na prevenção e combate à violência doméstica, através da adoção de legislação, políticas públicas e práticas cada vez mais promotoras dos direitos das vítimas e menos transigentes perante estas formas de violência, não pode, nem deve, dar ao mesmo tempo sinais contrários, no sentido da minimização e desculpabilização face a este flagelo.

Acresce que o Senhor Juiz Desembargador Neto de Moura, Relator deste processo, é reincidente na utilização deste tipo de fundamentação, o que o torna manifestamente incapaz de julgar casos desta natureza. Por esta razão, a APAV associa-se a uma iniciativa conjunta de várias organizações junto do Conselho Superior da Magistratura.

Estamos certos de que se trata de uma infeliz exceção (embora não única) e acreditamos que a esmagadora maioria dos magistrados portugueses não se revê nesta iniquidade, não deixando, no entanto, a decisão do Tribunal da Relação do Porto de ser um claro e preocupante sinal do muito que ainda há por fazer nesta matéria, quer junto dos operadores do sistema de justiça quer, em geral, na sociedade portuguesa.

Não nos esqueçamos das Vítimas.

Publicado .

A APAV partilha do sofrimento de todos/as os/as portugueses/as, após a ocorrência de mais uma catástrofe provocada pelos recentes incêndios no norte e centro do país, que vitimaram dezenas de pessoas. A APAV reitera a sua solidariedade com as populações afetadas, e sobretudo com aqueles/as que diretamente sofreram e sofrem as consequências destes terríveis eventos, seja pela perda de entes queridos, seja pela destruição de património ou meios de subsistência.

Após a ocorrência dos trágicos acontecimentos provocados pelo grande incêndio de Pedrogão Grande, e sendo do conhecimento público que, por iniciativa do Senhor Presidente da Assembleia da República, seria implementada uma Comissão Técnica Independente para avaliar o ocorrido e a resposta operacional dada à situação, a APAV manifestou a sua preocupação no que respeita ao apoio que foi prestado às vítimas, apelando a que as respostas ao nível psicológico, social e prático fossem também alvo de análise. Tendo em vista a capacitação e melhoria de um sistema de prevenção e resposta que se mostrou desadequado, manifestou ainda a APAV a sua total disponibilidade para colaborar com o grupo de trabalho existente ou futuro.

De acordo com o que foi já anunciado pelo XXI Governo Constitucional, o relevante Relatório da Comissão Independente influenciará a reforma do atual sistema de proteção civil, destinada a torná-lo mais capaz de responder a situações semelhantes.

Neste sentido, está a APAV ciente de que os contextos em que os cidadãos podem precisar do apoio da Proteção Civil não se limitam às ocorrências relacionadas com os incêndios. Deverá o sistema estar preparado para dar resposta às catástrofes naturais, tecnológicas e provocadas pelo homem, nas quais se incluem as de natureza criminal.

Da análise das mais de 200 páginas que compõem os relatórios elaborados, verifica-se que as questões relacionadas com o apoio prestado às vítimas, designadamente psicológico e social, foram merecedoras de pouco mais de 2 parágrafos. Sendo visível o drama das populações afetadas e, concretamente, das vítimas diretas ou indiretas da catástrofe, a APAV mantém a sua preocupação sobre a intervenção desencadeada, sabendo que a descoordenação, atraso e falta de qualidade das respostas também a este nível foram sentidos.

O apoio psicossocial e à vítima não pode ser encarado apenas como uma das fases imediatas de emergência. Deve posteriormente ramificar-se pelos cuidados de saúde mental, pela prestação de informação, de apoio social, mas também pelo acompanhamento no âmbito dos processos judiciais e indemnizatórios.

Este processo de apoio dificilmente se esgota em pouco mais de uma semana, prolongando-se naturalmente no tempo, pois só após a fase de emergência se inicia o verdadeiro apoio à vítima, de que as pessoas afetadas necessitam. Contudo, não nos parece que esta necessidade, que é simultaneamente um direito das populações, tenha sido cabalmente acautelada.

A APAV mantém e continuará a manter a sua solidariedade e disponibilidade em prol das vítimas de crime, mas também das vítimas de catástrofes como as ocorridas. Reforçamos assim o foco das nossas preocupações, para que os erros recentemente cometidos não se voltem a repetir e para que todos/as possamos contribuir para uma solução nacional, séria e abrangente.